Paula Cassim

BÊBADOS POR BOMBONS DE LICOR. A nova lei…

“Eu bebo sim, estou vivendo!”
São Paulo, 5ª maior cidade deste Planetinha de merda chamado TERRA.
A Cidade gastronômica, onde em cada esquina há um bar e um restaurante diferente.
Todos os tipos de comidas do universo você encontra aqui.
Todos os tipos de bebidas importadas de todos os cantos do mundo e do nosso próprio Brasil, porque não?
A maior concentração de TUDO. Todas as marcas. Para todos os gostos e bolsos.
Centenas de bares e baladas inauguram todos os dias. Outras centenas fecham e reabrem.
As noites desta Paulicéia Desvairada bombam de segunda à segunda.
Happy Hour, aniversários, comemorações, despedidas, inaugurações, casamentos, nascimentos, e afins.
Saidinhas para conhecer alguém novo, para rever amigos, para confraternizações rotineiras.
Imaginem São Paulo a base de água, de refrigerantes e sucos. “Com água ou leite, senhor?”.
Porções de fritas acompanhadas por uma BATIDINHA SEM ÁLCOOL.
Nessa terra onde todos os dias se há notícias de engarrafamentos e estatísticas apontando que é mais fácil financiar um carro zero do que abrir um carnê em lojas de móveis, eis que surge a LEI SECA, óh feliz LEI SECA, óh!
O mais engraçado, é que a MÍDIA emite notícias das batidas policiais que estão ocorrendo diariamente e entrevistam as pessoas que levantam um COPO DE SUCO brindando e brincando sorrindo um deles diz: “Hoje eu fui escalado para ficar no suquinho!!!”.
Não vi até agora nenhum manifesto contra, nenhuma entrevista onde alguém apontasse um posicionamento diferente a esta lei.
Pois bem, pra tudo tem a primeira vez, e sou eu quem vou falar agora.
Em primeiro lugar não preciso ABOMINAR esta lei… Afinal, vivo de carona, ou seja, posso continuar tomando minhas doses de wiskão sem censuras.
Mas em segundo lugar, esta tão rígida lei deveria se resumir a uma padronização mais uniforme e principalmente mais condinzente ao cotidiano do lugar onde habitará.
O absurdo do 0.0 nos bafômetros me faz pensar que alguém tem que enxergar que o indivíduo NÃO PODER nem fazer gargarejo com anticéptico bucal com álcool,  é um absurdo.
Fora que se eu ganhar um bombom de licor e num tremendo descuido me deliciar com ele e pegar no volante eu corro o risco de perder minha habilitação!
Sem contar com aquele meu tratamento de bronquite que faço com FLORAIS DE BACH (a base de álcool) que terei que suspender. Ou ele, ou a direção.
A lei deve existir sim, como sempre existiu, onde quem fosse pego dirigindo alcoolizado responderia por seu ato.
Mas tudo tem LI-MI-TE. Deveríam impor regras mais sensatas, ou eles acham que todo mundo que sair para suporstamente “beber com os amigos vendo uma partidinha de seu time favorito de futebol jogando na TV” vai ficar no suquinho?
O que vai acabar acontecendo é que vamos viver numa eterna roleta russa, onde todos continuarão tomando suas doses nos bares e contando com a sorte para não serem parados. Agora me diz: Vamos controlar desta forma os “acidentes provocados por pessoas alcoolizadas” ou isso será mais uma forma para arrecadarem valores pelas infrações?
A partir de agora, quando sairmos do bar após tomarmos somente um chopp tulipa, olharemos para todos os lados, com medo de viaturas,  como se fossemos criminosos fugitivos, que não somos. E os que não beberam, passarão a ter os mesmos medos, porque se parados e não alcoolizados, poderão ser multados por outros fins. Que fins? Eles sempre encontram um fim, tô errada?
Afinal, a criminalidade já está bem controlada, né… Não há mais ladrões nas ruas, podemos deixar nossos carros destrancados que ninguém vai levá-los embora, podemos caminhar à noite de minissaia que com certeza não seremos estupradas, a pedofilia é um mito, ninguém mais assalta bancos e saem provocando tiroteio por aí…
O crime está bem controlado para mobilizarmos a policia militar todinha para vistoriar motoristas durante à noite e de madrugada.
Quem deve estar se divertindo, sem dúvida, são os criminosos, que estão agindo *A PÉ* por aí, enquanto os BÊBADOS POR BOMBONS DE LICOR são autuados a luz da lua.
Um absurdo, sem palavras.

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