Paula Cassim

Overdose de “Bom dia”

Vivo dizendo que tem gente que diz “eu te amo” como quem diz “bom dia”. Mas afinal, até onde o tal do “bom dia” é sincero também?
Quando você diz “bom dia” para alguém, subtendendem-se ***QUE*** você esta QUERENDO que ela tenha um bom dia. Querer. Aquela coisa de desejo, sabe? Logo, se você não deseja que a pessoa tenha um bom dia, não fale! Simples assim. A questão não é nem NÃO querer que a pessoa tenha um bom dia. O fato é que devemos pronunciar somente o que sentimos, e isso é em tudo o que emitimos. E se não prestamos atenção nem na intensidade dos cumprimentos, quem dirá no todo o resto. 
Por onde passamos somos cumprimentados. Seja na padaria, onde o padeiro vira e fala “bom dia”, seja pelo porteiro do prédio ou pelos colegas de trabalho. O “bom dia” virou moda. Diria que é uma frase de CHEGADA. Não tem como se apresentar, diz BOM DIA!
O que quero passar aqui, é a lição de que devemos nos preocupar em emitir aquilo que sentimos pelas pessoas. Você não DIZ “bom dia”, você DESEJA “bom dia”. Sacou a diferença? Estamos estudando o “bom dia” e suas variantes, como o “boa tarde” e o “boa noite”.
Não vou nem entrar no mérito do “boa sorte”, para não stressar a grande maioria. Acredito que o “boa sorte” é um desejo sincero ainda, porque POUCAS PESSOAS usam este cumprimento. Quando usam é porque de fato estão desejando. Não deixe de cumprimentar todas as pessoas por onde passar com o seu “bom dia”, mas a regra é simples: Ao dizer, sinta e espirre o sentimento e o desejo de que de fato a pessoa tenha sim um dia muito bom. E para não perder o costume, boa noite para todos vocês! E sim, isto foi um DESEJO!

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